Sérgio Rodrigues: IA nos humilha na escrita, mas não vai acabar com a literatura

Escrever é difícil e é de se esperar, diz Sérgio Rodrigues, que a maioria dos humanos terceirize esse trabalho para robôs que imitam tão bem a nossa linguagem, talvez até melhor que nós mesmos.
Para o escritor e colunista da Folha, a inteligência artificial inaugura uma nova era das letras, em que escrever será uma escolha, não uma habilidade cotidiana imprescindível.
A literatura, por outro lado, não deve desaparecer com o avanço da tecnologia. Em "Escrever É Humano", o autor reflete sobre as especificidades do ofício e sustenta que a inteligência artificial generativa é formidável em produzir textos repetindo o que já foi escrito, mas que, devido à sua incapacidade de criar obras originais, não pode invadir o terreno da escrita literária.
Na entrevista, Rodrigues afirma que a escrita literária deve se tornar um nicho ainda menor, como uma aldeia gaulesa de escrita humana cercada por todos os lados por uma paisagem textual dominada por máquinas.
- Produção e apresentação: Eduardo Sombini
- Edição de som: Raphael Concli
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