Sept. 10, 2022

Estado criminoso sustenta democracia de fachada no Brasil, diz autora

Estado criminoso sustenta democracia de fachada no Brasil, diz autora

Neste bicentenário da Independência, Viviane Gouvêa, pesquisadora do Arquivo Nacional, olha para a história do país a partir da violência do Estado brasileiro contra os grupos marginalizados.

Em "Extermínio: Duzentos anos de um Estado Genocida", Gouvêa argumenta que indígenas, negros escravizados e libertos, operários, sem-terra e moradores de favelas e periferias foram vistos como inimigos internos pelas elites e pelas forças de segurança.

Tratados como ameaças à manutenção de uma ordem social desigual, não como cidadãos com direitos, esses grupos foram sistematicamente reprimidos com brutalidade, mesmo ao arrepio das leis, diz a autora neste episódio.

A política de extermínio de parcelas específicas da população brasileira, afirma, escancara os limites da nossa democracia —uma democracia de fachada que vale até o momento em que os despossuídos passam a reivindicar o seu espaço.

  • Produção e apresentação: Eduardo Sombini
  • Edição de som: Raphael Concli

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