OpenAI é Banco Master da IA?; IA para detectar câncer; Google, o fogo amigo contra Nvidia
A OpenAI está no meio de uma ciranda bilionária para continuar existindo. No novo episódio de Deu Tilt, o podcast do UOL para humanos por trás das máquinas, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes explicam os números que dimensionam a situação complexa da empresa que é a sensação da inteligência artificial. Segundo estudo do time de tecnologia e semicondutores do HSBC, a dona do ChatGPT ficará sem lucro até 2030 e precisará de US$ 207 bilhões para bancar infraestrutura, data centers, energia, água, profissionais e compromissos assumidos com big techs como Microsoft e Amazon. A receita até cresce, mas isso não significa lucro –principalmente quando cada novo modelo custa ainda mais que os anteriores. O Sora 2, por exemplo, só aumentou o tamanho do rombo. Para o HSBC, há caminhos para a empresa fechar as contas, mas todos tortuosos: dobrar a base de assinantes pagos, entrar pesado na publicidade digital e descobrir formas mais eficientes de usar IA. E a mais complexa delas: para empatar, a OpenAI teria de convencer 44% da população mundial a pagar por seus serviços até 2030, número que nenhuma rede social ou app alcançou até hoje. Se parece absurdo, lembra um pouco o caso do Banco Master: uma montanha de promessas e um buraco ainda maior.
Uma startup brasileira criou uma IA capaz de identificar indícios iniciais de câncer de intestino usando apenas um exame de sangue. Em entrevista ao Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, a CTO da Huna Daniella Castro explicou que a pesquisa da Huna começou pelo câncer de mama e avançou para o de intestino –ambos alguns dos mais comuns no Brasil. Daniela ressalta que o desafio para o desenvolvimento da IA da Huna vai além da tecnologia: acessar dados de qualidade é fragmentado e contar com informações interoperáveis. Ela menciona estes pontos, porque o segredo da Huna é justamente o método criado para ensinar seu modelo de IA a encontrar sinais de câncer: primeiro, a equipe analisou resultados de colonoscopias e dividiu os pacientes em dois grupos (pessoas sem rastros de câncer e pessoas com lesões precursoras ou com tumor já instalado); depois, usou a IA para comparar os hemogramas desses dois grupos e identificar padrões de alteração que antecedem o câncer. A executiva explica que a mesma abordagem pode ser usada para rastrear outras doenças complexas, como diabetes e falência renal, um campo enorme que a IA ainda está começando a explorar.
A vida da Nvidia não está nada fácil. Primeiro, foi proibida pelos EUA de vender chips para a China. Liberada, viu a China levantar barreiras. Agora, a empresa enfrenta fogo amigo dentro de casa: o Google entrou oficialmente no mercado de chips de inteligência artificial. No novo episódio de Deu Tilt, o podcast para os humanos por trás das máquinas, Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes contam como o cenário aponta para uma reviravolta inevitável: o domínio absoluto da Nvidia está sob ameaça.